Poesia sim...

Pérola solta

Sem que eu a esperasse,
Rolou aquela lágrima
No frio e na aridez da minha face.
Rolou devagarinho...,
Até à minha boca abriu caminho.
Sede! o que eu tenho é sede!
Recolhi-a nos lábios e bebi-a.
Como numa parede
Rejuvenesce a flor que a manhã orvalhou,
Na boca me cantou,
Breve como essa lágrima,
Esta breve elegia.


José Régio, Filho do Homem

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Lenda de Celorico de Basto : “Justiça popular...na Villa de Basto"

Livro da semana: "Um problema muito enorme"

Livro da semana: "Cinzas de Sabrina"