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A mostrar mensagens de abril, 2013

Livro da semana: "A casa do sonho pagão"

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A Casa do Sonho Pagão de  João Pedro Duarte A obra de estreia de um autor carregado de talento! Edição/reimpressão:  2009 Páginas:  256 Editor:  Esfera do Caos Coleção:  Esfera Contemporânea Sinopse Inquietante! Provocador! Surpreendente! E tudo isto numa bandeja de choro e riso, pois se para alguém a Pátria é a Língua, neste livro a Pátria é o Amor. Uma história de amor e traição de inspiração gótica, passada em Lisboa, numa Casa que reúne um grupo de jovens com muitas cicatrizes da vida. Vagabundos que procuram afectos nos labirintos da sociedade contemporânea, e encontram os seus valores no paganismo, música, dança, sexo, droga e artes circenses. Paira sobre eles o Corvo de uma fábula infantil, o herói corajoso que não desiste de lutar pelo seu Sonho. Uma conspiração vai alterar o curso dos acontecimentos. No combate entre a inocência e a violência, qual será o destino da Casa do Sonho Pagão?

Poesia sim...

O Livro Fechado Quebrada a vara, fechei o livro  e não será por incúria ou descuido  que algumas páginas se reabram  e os mesmos fantasmas me visitem.  Fechei o livro, Senhor, fechei-o,  mas os mortos e a sua memória,  os vivos e sua presença podem mais  que o álcool de todos os esquecimentos.  Abjurado, recusei-o e cumpro,  na gangrena do corpo que me coube,  em lugar que lhe não compete,  o dia a dia de um destino tolerado.  Na raça de estranhos em que mudei,  é entre estranhos da mesma raça  que, dissimulado e obediente, o sofro.  Aventureiro, ou não, servidor apenas  de qualquer missão remota ao sol poente,  em amanuense me tornei do horizonte  severo e restrito que me não pertence,  lavrador vergado sobre solo alheio  onde não cai, nem vinga, desmobilizada,  a sombra elíptica do guerreiro.  Fechei o livro, calei todas as vozes,  contas de longe cobradas em nada.  Fale, somente, o silêncio que lhes sucede.  Rui Knopfli, in "O Corpo de Atena"

Dia Mundial do Livro

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Livro da semana: "Deixem falar as pedras"

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Deixem Falar as Pedras  de   David Machado Um romance fascinante sobre a transmissão das memórias de geração em geração. Edição/reimpressão:  2011 Páginas:  336 Editor:  Dom Quixote Sinopse No dia em que se ia casar, Nicolau Manuel foi levado pela Guarda para um interrogatório e já não voltou. Viveu, assim, quase toda a vida na urgência de contar a verdade a Graça dos Penedo, a noiva que mais tarde lhe seria arrebatada pelo alfaiate que lhe fizera o fato do casamento. Porém, sempre que se abria uma possibilidade, uma ameaça desviava-o dramaticamente do seu destino - e agora, meio século volvido, está velho de mais para querer mudar as coisas, gastando os dias com telenovelas. De tanto ter ouvido ao avô a sua história rocambolesca, Valdemar - um rapaz violento e obeso apaixonado pela vizinha anoréctica - não desistiu, mesmo assim, de fazer justiça por ele. E, ao encontrar casualmente a notícia da morte do alfaiate, sabe que chegou a hora de ir falar com a viúva: at

Poesia sim...

A um Livro No silêncio de cinzas do meu Ser  Agita-se uma sombra de cipreste,  Sombra roubada ao livro que ando a ler,  A esse livro de mágoas que me deste.  Estranho livro aquele que escreveste,  Artista da saudade e do sofrer!  Estranho livro aquele em que puseste  Tudo o que eu sinto, sem poder dizer!  Leio-o, e folheio, assim, toda a minh’alma!  O livro que me deste é meu, e salma  As orações que choro e rio e canto! ...  Poeta igual a mim, ai que me dera  Dizer o que tu dizes! ... Quem soubera  Velar a minha Dor desse teu manto! ...  Florbela Espanca, in "Livro de Mágoas"

Livro da semana: "A rocha branca"

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A Rocha Branca de Fernando Campos O ficcionista, cronista e investigador Fernando Campos regressa à cena literária. Edição/reimpressão: 2011 Páginas: 256 Editor: Alfaguara Portugal   Sinopse Na ilha de Lesbos, plantada no Mar Egeu, existiu uma poetisa que via no amor fonte inesgotável de inspiração para os poemas líricos que compunha. Esta é a história da poetisa mais famosa da antiguidade clássica: Safo de Lesbos. Encontramos Safo já viúva e com uma filha. Instigada pela fama de um certo jovem de beleza irresistível e sequiosa de viver novamente o amor, Safo enamora-se de Fáon, um velho barqueiro de Mitilene que as artes mágicas da deusa Afrodita transformaram no mais belo rapaz que alguma vez existiu. Dizem que o seu olhar é de luz mas a sua alma de gelo. O drama reside em que a alma ardente e jovem de Safo, presa no invólucro da velhice, ama o corpo jovem de Fáon, que encerra um espírito velho e desapaixonado. Mas Safo parece ignorar essa diferença e entrega-se sem

Poesia sim...

O Esplendor E o esplendor dos mapas, caminho abstracto para a imaginação concreta,  Letras e riscos irregulares abrindo para a maravilha.  O que de sonho jaz nas encadernações vetustas,  Nas assinaturas complicadas (ou tão simples e esguias) dos velhos livros.  (Tinta remota e desbotada aqui presente para além da morte,  O que de negado à nossa vida quotidiana vem nas ilustrações,  O que certas gravuras de anúncios sem querer anunciam.  Tudo quanto sugere, ou exprime o que não exprime,  Tudo o que diz o que não diz,  E a alma sonha, diferente e distraída.  Ó enigma visível do tempo, o nada vivo em que estamos!  Álvaro de Campos, in "Poemas"   Heterónimo de Fernando Pessoa

Preparação para os exames nacionais

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Já disponível na Biblioteca Municipal

Livro da semana: Regresso a Barcelona"

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Regresso a Barcelona  de   Luís Soares Com o passado na bagagem, um homem parte à descoberta de uma cidade e reencontra o amor que julgava perdido. Edição/reimpressão:  2009 Páginas:  276 Editor:  Oficina do Livro Sinopse Aquiles é um escritor-fantasma especialista em literatura de viagens. Um dia recebe uma encomenda para escrever um guia sobre Barcelona. Ao aceitar o trabalho, vê-se confrontado com o regresso da Clara, uma ex-namorada que não vê há vinte anos, e com o reviver de um passado não resolvido.  Em Barcelona, Aquiles reencontra Clara e Art. Ela é uma famosa cantora de ópera; ele um médico de renome, agora doente e internado num hospital. Na juventude viveram noites de boémia e formaram um triângulo amoroso. Da paixão de Aquiles e Clara resta a memória do desejo e o sabor amargo do abandono.  Ao mesmo tempo que percorre a cidade e escreve o guia encomendado, Aquiles vai percebendo a razão de ter sido escolhido para este trabalho e é surpreendido por uma revel

Poesia sim...

Os Meus Livros Os meus livros (que não sabem que existo)  São uma parte de mim, como este rosto  De têmporas e olhos já cinzentos  Que em vão vou procurando nos espelhos  E que percorro com a minha mão côncava.  Não sem alguma lógica amargura  Entendo que as palavras essenciais,  As que me exprimem, estarão nessas folhas  Que não sabem quem sou, não nas que escrevo.  Mais vale assim. As vozes desses mortos  Dir-me-ão para sempre.  Jorge Luis Borges, in "A Rosa Profunda"

Boletim Informativo Abril 2013

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