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A mostrar mensagens de agosto, 2013

Livro da semana: "Como se fosse o último"

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Como se Fosse o Último de  Miguel Miranda Edição/reimpressão:  2004 Páginas:  126 Editor:  Campo das Letras Sinopse Como Se Fosse o Último é um conjunto de contos onde se retrata o universo urbano, habitado por personagens tão surrealistas quanto prováveis e credíveis. As histórias sucedem-se percorrendo os mais diversos graus do insólito, revelando-se irónicas, perturbadoras e de desfecho imprevisível. O amor, a paixão e a sensualidade são omnipresentes denominadores comuns, assumindo-se como o verdadeiro cerne da natureza humana, no que ela pode ter de mais inumano. A trilogia do amor entre Fiona, a alternadeira, o inominado homem do fato de príncipe de Gales e Ruiz, o chulo; o estranho encontro entre Toninho, o entregador de pizas, e Lóris Máximo, a boazona, verberado pelo padre Jorge e pelo pedopsiquiatra; como Sahid, o homem-bomba, cumpriu ou não o seu destino, quando Juary, o extemporâneo condutor do autocarro, se lhe atravessou no caminho; a última greve do met

Poesia sim...

A Palavra Eleva-se entre a espuma, verde e cristalina  e a alegria aviva-se em redonda ressonância.  O seu olhar é um sonho porque é um sopro indivisível  que reconhece e inventa a pluralidade delicada.  Ao longe e ao perto o horizonte treme entre os seus cílios.  Ela encanta-se. Adere, coincide com o ser mesmo  da coisa nomeada. O rosto da terra se renova.  Ela aflui em círculos desagregando, construindo.  Um ouvido desperta no ouvido, uma língua na língua.  Sobre si enrola o anel nupcial do universo.  O gérmen amadurece no seu corpo nascente.  Nas palavras que diz pulsa o desejo do mundo.  Move-se aqui e agora entre contornos vivos.  Ignora, esquece, sabe, vive ao nível do universo.  Na sua simplicidade terrestre há um ardor soberano.  António Ramos Rosa, in "Volante Verde"

Livro da semana: "Corações imperfeitos"

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Corações Imperfeitos de  Francisco da Costa Oliveira Sedução, droga e adrenalina. Pelo gozo de desafiar a morte, de testar os limites. Ou apenas uma forma diferente de sobreviver? Edição/reimpressão:  2011 Páginas:  174 Editor:  Oficina do Livro Miguel é um jovem com uma carreira em ascensão, que acredita ter um casamento feliz. Um dia, inesperadamente, tudo cai por terra, deixando-o com a sensação de desespero, própria de quem deu tudo e a quem tudo tiraram. Valerie e Victor, dois irmãos que vivem cada dia como se fosse o último, entre festas loucas e drogas, a palavra que impera é adrenalina. A qualquer custo. Vera, mulher fatal, reina no mundo virtual da sedução, só conhecendo o amor por SMS. Para se sentir amada ou provocar paixões? Poderá um encontro com um estranho devolvê-la ao mundo real? Diferentes pessoas, distintas vidas que se cruzam para um desfecho surpreendente. Não existem pessoas impuras; existem corações menos perfeitos.

Poesia sim...

Sabes, Pai sabes, pai  o cachecol bege nos muros da foz  cobria as árvores com o seu pêlo, ao vento  o boné azul, marinheiro nos cabelos louros  sussurrava pequenas frases às silentes águas  o teu sorriso tão leve, enternecia o rosto  esses óculos, teu cabelo nas tardes de sol  ou o barco encalhado na areia breve  junto ao castelo onde nos passeávamos  eu tu a mãe, duas ou três falas e o meu corpo  que se chegava a vós junto à estrada  nestes muros da foz, abertos ao mar  que voava  Jorge Reis-Sá, in "A Palavra no Cimo das Águas"

Livro da semana: "A quinta curva do caminho"

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Quinta Curva do Caminho de  Isabel Rodrigues dos Santos Edição/reimpressão:  2011 Páginas:  238 Editor:  Edium Editores Sinopse "A Quinta curva do caminho" surge como uma viagem aos afectos e aos lugares. É uma história de pessoas comuns que o destino pôs à prova, juntou e desuniu. O resultado dessa intercepção providencial, que evitou que as respectivas vidas se tornassem meras paralelas, é um pequeno universo de vivências, experiências, um puzzle de temperamentos, atitudes perante o quotidiano e fórmulas quase mágicas de expressão de afectos e emoções. Em última análise, o fio condutor deste livro não é mais do que um acto de amor depositado nas mãos de quem o quiser ler. Porque... a viagem mais sinuosa é a que se faz em direcção aos outros.

Poesia sim...

Escrevo como quem Quer Ser Escrito escrevo como quem quer ser escrito  uma árvore ou uma pena no centro da frase  um espelho branco onde observo a palavra  e dos seus troncos brotam folhas, letras  inundações de verde no lago azul do céu  que caem, voando, asas de papel  como tu, também eu sussurro  lentas sílabas à leve melancolia que nos abraça  Jorge Reis-Sá, in "A Palavra no Cimo das Águas"

Livro da semana: "Minha querida Inês"

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Minha Querida Inês de  Margarida Rebelo Pinto Primeiro romance histórico da autora mais lida em Portugal. Edição/reimpressão:  2011 Páginas:  216 Editor:  Clube do Autor Sinopse Os últimos dias da maior heroína romântica de Portugal. Uma história apaixonante, envolvente e perturbadora. Nunca haverá outro amor assim.  Minha Querida Inês é fruto de investigação histórica misturada com a paixão de Margarida Rebelo Pinto por mulheres fortes, cuja presença sempre foi uma constante nas suas obras. A Inês aqui retratada é uma mulher corajosa e apaixonada que fala sem pudor da sua vida íntima e da sua visão do amor, da família, de deus e do mundo.  Inês morre por amor. Se foi " a ruça que queria roubar o reino", ou apenas vítima de uma intriga política, nunca saberemos. A Inês que aqui fica é uma mulher inteira, de carne e osso, com cabeça, coração e estômago, que sente e que pensa à frente da sua época e, por isso mesmo, sábia e intemporal. Excerto «Por onde

Livro da semana: "Se fosse fácil era para os outros"

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Se Fosse Fácil Era Para os Outros de  Rui Cardoso Martins Edição/reimpressão:  2012 Páginas:  256 Editor:  Dom Quixote inopse O narrador parte com quatro amigos, todos eles a atravessarem uma fase menos boa nas suas vidas, para uma viagem através dos Estados Unidos da América.  De Nova Iorque até ao Sul profundo e em seguida para o Norte, até às Cataratas do Niagara, já na fronteira com o Canadá, atravessam um país de profundos contrastes onde vão viver aventuras umas vezes divertidas, outras perigosas, se não mesmo fatais. A viagem é, para cada um deles, um encontro sem concessões consigo mesmo e com as memórias de vidas muito diferentes, em que tudo se joga e às vezes tudo se perde, mesmo a vida.  Se fosse fácil era para os outros , o terceiro romance de Rui Cardoso Martins, é uma leitura viva, empolgante, eficazmente servida por um estilo a que o autor nos tem habituado nos argumentos dos filmes e nas crónicas de jornal. Críticas de imprensa «Rui Carrdoso Marti