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A mostrar mensagens de abril, 2009

Poesia sim

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Os livros Apetece-lhe chamar-lhes irmãos, tê-los ao colo afagá-los com as mãos, abri-los de par em par, ver o Pinóquio a rir e o Dom Quixote a sonhar e a Alice do outro lado do espelho a inventar um mundo de assombros que dá gosto visitar. Apetece chamar-lhe irmãos e deixar brilhar os olhos nas páginas das suas mãos. José Jorge Letria, "Poetas de hoje e de ontem"

Hora do Conto: "O milagre da lagarta"

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Livro da Semana

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A Mão Esquerda de Deus / Pedro Almeida Vieira Edição: 2009 Páginas: 320 Editor: Dom Quixote q Sinopse w Baseado na fábula do falso núncio de Portugal - considerada verídica durante vários séculos, e acreditada por homens como Voltaire -, A Mão Esquerda de Deus é um romance empolgante que reconstrói a vida aventureira e heterodoxa de Alonso Perez de Saavedra , o andaluz que ousou tornar-se, através de burlas e falsificações, o primeiro Inquisidor-Geral de Portugal, no reinado de D. João III. q Excerto r «Raras vezes retirei a luva da minha mão esquerda, que a esconde, mesmo quando durmo. Poucos a viram, marquês de Villanueva de Barcarrota , embora muitos tenham sentido os seus efeitos. Quando a virdes, no final do meu relato, talvez vos assusteis, pelo aspecto. Tem cinco dedos, presumo que vinte e sete ossos, e tantos carpos , metacarpos e falanges como os que possuo na minha mão direita e como os que vós tendes em cada uma de vossas mãos. Porém, em tudo o resto encontrareis dissem

Dia Mundial do Livro

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O Dia Mundial do Livro é comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de Abril. Trata-se de uma data simbólica para a literatura, já que, segundo os vários calendários, neste dia faleceram importantes escritores como Cervantes e Shakespeare. A ideia da comemoração teve origem na Catalunha: a 23 de Abril, dia de São Jorge, uma rosa é oferecida a quem comprar um livro. Mais recentemente, a troca de uma rosa por um livro tornou-se uma tradição em vários países do mundo. s Prof. Alberto Costa A Biblioteca Municipal de Celorico de Basto Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, o Agrupamento de Escolas de Gandarela e o Agrupamento de Escolas de Celorico de Basto comemoram hoje o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor com a presença do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa. e Programa q 14.10h - Sketch "As escolhas de Marcelo" - Agrupamento de Escolas de Gandarela 14.30h - Leitura cantada do conto "De que cor é o amor?" - Agrupamento de Escolas de Gandarela 15.15h -

Dia da Terra

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Poesia sim

Açor s Aveludado carniceiro de ninhos e pai solícito, ei-lo afogador de um pato selvagem: as patas submergem o amigo da água: casco pouco a pouco afundado, expira. Para a margem o leva; oculto, acutila. E tudo viu Deus, cego. s António Osório A Ignorância da Morte Lisboa, Edição de Autor, 1978

Bibliopaper

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Bibliopaper: 21 a 24 de Abril

Antero de Quental, 167 anos depois...

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Antero de Quental nasceu em Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, Açores a 18 de Abril de 1842 e veio a falecer a 11 de Setembro de 1891. Teve um papel importante no movimento da Geração de 70. Durante a sua vida, Antero de Quental dedicou-se à poesia, à filosofia e à política. Iniciou seus estudos na cidade natal, mudando para Coimbra aos 16 anos, ali estudando Direito e manifestando as primeiras ideias socialistas. Fundou em Coimbra a Sociedade do Raio, que pretendia renovar o país pela literatura. Em 1861, publicou seus primeiros sonetos. q Obras: w Sonetos de Antero, 1861 (eBook) Beatrice e Fiat Lux, 1863 Odes Modernas, 1865 (na origem da polémica Questão Coimbrã). Reeditadas em 1875. Bom Senso e Bom Gosto, 1865 (opúsculos) A Dignidade das Letras e as Literaturas Oficiais, 1865 (na origem da polémica Questão Coimbrã) Defesa da Carta Encíclica de Sua Santidade Pio IX, 1865 Portugal perante a Revolução de Espanha 1868 Primaveras Românticas, 1872 Considerações sobre a Filosofia da Hist

Livro da Semana

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O Sal da Terra / Miguel Real Edição: 2008 Editor: Quidnovi w Sinopse w O Sal da Terra narra a vida aventurosa do Padre António Vieira, sobretudo na Bahia e na Amazónia, entre as tribos tupis, privilegiando os sentimentos do homem em detrimento das teorias do pensador. Nele se realçam a sua esperança no advento do Quinto Império no ano de 1666, a sua prisão pelo Tribunal do Santo Ofício, a amizade com o rei D. João IV, a intimidade com Mundé - o tupinambá que o seguia para todo o lado - e ainda a tolerância para com vó Sefina, uma mãe-de-santo mandingueira. Neste maravilhoso romance sobre uma das mais emblemáticas figuras da literatura nacional, assistiremos a uma vida farta de sonhos nacionalistas até ao ano de 1667 e carregada de desilusões até à morte do protagonista, trinta anos mais tarde. Em vida apenas admirado como pregador, Padre António Vieira a si próprio se vê como o português mais fracassado de todos os tempos - nada do que sonhara se cumpriu, todas as suas profecias se fr

Poesia sim

Leitura s Quando por fim as árvores se tornam luminosas; e ardem por dentro pressentindo; folha a folha; as chamas ávidas de frio: nimbos e cúmulos coroam a tarde, o horizonte, com a sua auréola incandescente de gás sobre os rebanhos. s Assim se movem as nuvens comovidas no anoitecer dos grandes textos clássicos. w Perdem mais densidade; ascendem na pálida aleluia de que fulgor ainda? e são agora cumes de colinas rarefeitas policopiando à pressa a demora das outras feita de peso e sombra. w Carlos de Oliveira, in 'Pastoral'

Ana Maria Magalhães

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Ana Maria Magalhães nasceu em Lisboa a 14 de Abril de 1946, no seio de uma enorme família onde as crianças ocupavam o primeiro lugar. A casa albergava pais, avós, uma tia viúva, notável contadora de histórias. Ali eram recebidas também com frequência os muitos tios e primos, que se instalavam para passar temporadas quando vinham do Porto, da Régua, de Moncorvo, trazendo consigo outras posturas, outras histórias, uma linguagem diferente com outras expressões, outras sonoridades. A infância e juventude decorreram portanto num ambiente alegre, caloroso, rico de experiências humanas. a Foi aluna do Colégio Sagrado Coração de Maria, onde concluiu o ensino secundário. Licenciou-se em Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo acumulado, durante os três primeiros anos, com a frequência do Curso Superior de Psicologia Aplicada no ISPA. O casamento, aos 21 anos, obrigaria a uma opção. Ainda estudante, começou a trabalhar no Cambridge School e depois no Gabinete de Estudos

Livro da semana

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O Último Bandeirante / Pedro Pinto Edição: 2009 Editor: A Esfera dos Livros w Sinopse w Quando Raposo Tavares atacou a Missão Jesuíta de Jesus Maria, o seu objectivo era conquistar a região do Tape em nome da Coroa portuguesa e destruir o sonho do Superior Diego de Trujillo, seu inimigo de longos anos. Estava longe de imaginar que começava ali uma corrida de vida e morte à maior bandeira de sempre em terras do Brasil. Com as mãos sujas de sangue, a roupa a cheirar a queimado e milhares de índios aprisionados, Raposo Tavares, o maior bandeirante de todos os tempos, regressou à vila de São Paulo. Podia, finalmente voltar a sua casa, ao fabrico das suas estranhas infusões, ao desenho dos seus mapas e aos braços apaixonados de Maria Teresa. Mas, a partida estava novamente marcada. Era altura de regressar ao mato, de definir as controversas fronteiras de Tordesilhas, que oponha Portugueses e Espanhóis, e procurar um sonho de extraordinárias riquezas que não era o seu: o Eldorado que todos

Poesia sim

Tanto de meu estado me acho incerto w Tanto de meu estado me acho incerto, Que em vivo ardor tremendo estou de frio; Sem causa, juntamente choro e rio; O mundo todo abarco e nada aperto. w É tudo quanto sinto um desconcerto; Da alma um fogo me sai, da vista um rio; Agora espero, agora desconfio, Agora desvario, agora acerto. w Estando em terra, chego ao Céu voando; Numa hora acho mil anos, e é de jeito Que em mil anos não posso achar uma hora. w Se me pergunta alguém porque assim ando, Respondo que não sei; porém suspeito Que só porque vos vi, minha Senhora. w Luís de Camões

Luís de Sttau Monteiro

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Luís Infante de Lacerda Sttau Monteiro (Lisboa, 3 de Abril de 1926 - Lisboa, 23 de Julho de 1993) foi um escritor português. w Obras w Ficção 1960 - Um Homem não Chora 1961 - Angústia para o Jantar 1966 - E se for Rapariga Chama-se Custódia w Teatro 1961 - Felizmente há Luar! 1963 - Todos os Anos, pela Primavera 1965 - O Barão (1965, adaptação teatral da novela de Branquinho da Fonseca) 1966 - Auto da Barca do Motor fora da Borda 1967 - A Guerra Santa 1967 - A Estátua 1968 - As Mãos de Abraão Zacut 1971 - Sua Excelência 1979 - Crónica Atribulada do Esperançoso Fagundes

Graham Green

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Henry Graham Greene nasceu em Berkhamsted a 2 de Outubro de 1904 e faleceu em Vevey a 3 de Abril de 1991. Escritor inglês, com uma obra composta de romances, contos, peças teatrais e críticas literárias e de cinema. Formou-se na Universidade de Oxford, e começou sua carreira como jornalista, trabalhando como repórter e subeditor do The Times . Obras w Nosso Homem em Havana O Factor Humano O Terceiro Homem O Décimo Homem O Poder e a Glória O Condenado (Graham Greene) Os Farsantes O Expresso do Oriente Fim de Caso Ministério do Medo Monsenhor Quixote O Homem de Muitos Nomes O Americano Tranquilo O Agente Confidencial O Cônsul Honorário (1973) O Coração da Matéria

Livro da Semana

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O Coração do Rei / Iza Salles Edição: 2009 Editor: Planeta s Sinopse s Nesta biografia romanceada escrita numa linguagem leve e muito acessível, descobriremos a vida secreta de D. Pedro, imperador do Brasil e rei de Portugal. A história fascinante de um homem apaixonado pela liberdade e pelas mulheres. Esta é a história da vida de D. Pedro, narrada dos bastidores da corte, por Frei António de Arrábida, que se manteve sempre ao lado do futuro imperador do Brasil desde que o menino Pedro, nascido em 12 de Outubro de 1798, começou a ser preparado para reinar, até 24 de Setembro de 1834, quando fechou os olhos para sempre em Lisboa, após derrotar o seu irmão Miguel na guerra contra o Absolutismo.Frei António de Arrábida fazia parte do grupo de mestres responsáveis pela educação do Príncipe. Mais do que tutor foi confessor, confidente e conselheiro de D. Pedro. Através do seu testemunho descobre-se quem verdadeiramente foi esse homem destemido e autoritário que proclamou a independência do

Dia Internacional do Livro Infantil

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Eu sou o mundo u i Eu sou o mundo e o mundo sou eu, porque, com o meu livro, posso ser tudo o que quiser. Palavras e imagens, verso e prosa levam-me a lugares a um tempo próximos e distantes. uu gg gg g Na terra dos sultões e do ouro, há mil histórias a descobrir. Tapetes voadores, lâmpadas mágicas, génios, vampiros e Sindbades contam os seus segredos a Xerazade. Com cada palavra de cada página viajo pelo tempo e pelo espaço e, nas asas da fantasia, o meu espírito atravessa terra e mar. Quanto mais leio mais compreendo que com o meu livro estarei sempre na melhor das companhias. Hani D. El-Masri Tradução: José António Gomes Hani D. El-Masri Ilustrador e profissional de cinema, nascido no Cairo, Egipto, em 1951, Hani El-Masri foi educado pelos Jesuítas, tendo mais tarde ingressado no Colégio de Belas Artes do Cairo. Emigrou para os Estados Unidos aos trinta e cinco anos. Ali, entrou para a Walt Disney Imagineering, em 1990, onde trabalhou como desenhador conceptual durante cinco anos.

Poesia sim

Os Meus Livros w Os meus livros (que não sabem que existo) São uma parte de mim, como este rosto De têmporas e olhos já cinzentos Que em vão vou procurando nos espelhos E que percorro com a minha mão côncava. Não sem alguma lógica amargura Entendo que as palavras essenciais, As que me exprimem, estarão nessas folhas Que não sabem quem sou, não nas que escrevo. Mais vale assim. As vozes desses mortos Dir-me-ão para sempre. w Jorge Luis Borges, in "A Rosa Profunda"