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A mostrar mensagens de agosto, 2012

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Livro da semana: "Escalada para a vida"

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Escalada Para a Vida A história real de uma família que nunca desistiu na luta contra o cancro de  Zélia Lima Edição/reimpressão:  2012 Páginas:  240 Editor:  Papiro Editora Sinopse Uma autobiografia apaixonante, feita de vitorias e derrotas onde reina a luta contra o cancro travada pela protagonista e pelo seu filho Rui Miguel. A história do casamento com o homem que amou desde nova e sempre a apoiou em todos os momentos, a perda dos filhos, as amizades que foi fazendo e fortalecendo. Aqui fica a prova de que vale a pena lutar e esperar por melhores dias para celebrar a vitória da vida.

Poesia sim...

Porque o Melhor, Enfim Porque o melhor, enfim,  É não ouvir nem ver...  Passarem sobre mim  E nada me doer!  _ Sorrindo interiormente,  Co'as pálpebras cerradas,  Às águas da torrente  Já tão longe passadas. _  Rixas, tumultos, lutas,  Não me fazerem dano...  Alheio às vãs labutas,  Às estações do ano.  Passar o estio, o outono,  A poda, a cava, e a redra,  E eu dormindo um sono  Debaixo duma pedra.  Melhor até se o acaso  O leito me reserva  No prado extenso e raso  Apenas sob a erva  Que Abril copioso ensope...  E, esvelto, a intervalos  Fustigue-me o galope  De bandos de cavalos.  Ou no serrano mato,  A brigas tão propício,  Onde o viver ingrato  Dispõe ao sacrifício  Das vidas, mortes duras  Ruam pelas quebradas,  Com choques de armaduras  E tinidos de espadas...  Ou sob o piso, até,  Infame e vil da rua,  Onde a torva ralé  Irrompe, tumultua,  Se estorce, vocifera,  Selvagem nos conflitos,  Com ímpetos de fera  Nos olhos, saltos, gritos...  Roubos, assassinatos!  Horas jamais

Livro da semana: "O exílio do último liberal"

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O Exílio do Último Liberal de  Sérgio Luís de Carvalho A revelação de uma das mais enigmáticas sociedades secretas que Portugal já conheceu Edição/reimpressão:  2012 Páginas:  332 Editor:  Clube do Autor Sinopse O livro A história de  O Exílio do Último Liberal  decorre entre Londres (1832) e Lisboa (1833) e assenta num labirinto de mistérios, de segredos, de ameaças e de paixões, enquadrado pelo fog de Londres e pelas brumas de uma nação envolta em progresso e em miséria. É aí, um ambiente marcado pela Revolução Industrial, que se move um jovem exilado português às voltas com um terrível segredo: foi membro da Irmandade dos Divodignos, um grupo liberal radical que os partidários absolutistas de Dom Miguel perseguem com encarniçado ódio. Mas este é apenas o primeiro segredo dado a conhecer ao leitor… Outro há e é ainda mais obscuro e clandestino. Por entre as sombras e os nevoeiros, movem-se vultos suspeitos. São os odiados ressurrecionistas à cata de corpos acabad

Livro da semana: "A conquista do sertão"

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A Conquista do Sertão de  Guilherme Ayala Monteiro 1888, Angola. A história da busca de uma nova vida, de uma fazenda e de uma herança. Edição/reimpressão:  2012 Páginas:  196 Editor:  Casa das Letras Sinopse 1888: Pedro Costa, um jovem herdeiro ribatejano, desembarca em Benguela no paquete Zaire para resgatar os erros cometidos pela mão das ilusões da vida boémia lisboeta, deixando para trás um primeiro amor não resolvido. Trilhando um caminho irregular e agreste como o sertão africano, que se vai dividindo, ao longo dos anos, entre conquistas e derrotas, entre os perigos desmedidos e os encantos invencíveis de Angola, Pedro Costa persiste na busca de um único destino. Nada o detém ou faz esmorecer a sua perseverança: nem as suas aventuras e desventuras comerciais, as sublevações dos Quilengues, a proclamação da República na metrópole ou o desaire comercial das suas empresas provocado, em 1914, pelo início da Primeira Guerra Mundial. A concretização do seu sonho

Poesia sim...

Para Sempre Por que Deus permite  que as mães vão-se embora?  Mãe não tem limite,  é tempo sem hora,  luz que não apaga  quando sopra o vento  e chuva desaba,  veludo escondido  na pele enrugada,  água pura, ar puro,  puro pensamento.  Morrer acontece  com o que é breve e passa  sem deixar vestígio.  Mãe, na sua graça,  é eternidade.  Por que Deus se lembra  — mistério profundo —  de tirá-la um dia?  Fosse eu Rei do Mundo,  baixava uma lei:  Mãe não morre nunca,  mãe ficará sempre  junto de seu filho  e ele, velho embora,  será pequenino  feito grão de milho.  Carlos Drummond de Andrade, in 'Lição de Coisas'

Livro da semana: "A redenção"

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A Redenção Trilogia Nocturnus – Tomo 3 de  Rafael Loureiro Edição/reimpressão:  2011 Editor:  Editorial Presença ISBN:  9789722345248 Sinopse Este volume da trilogia Nocturnus põe fim à saga de ambiente gótico. Num mundo onde a Luz e as Trevas de digladiam sem tréguas, Daimon DelMoona regressa agora para junto da sua amada, Lília, devastado pelas trágicas consequências dos acontecimentos que se desenrolaram no volume anterior. Daimon, não estará sozinho na sua demanda final, mas conseguirá ele alguma vez libertar-se da trágica dualidade que o destroçou?

Poesia sim...

Demissão Este mundo não presta, venha outro.  Já por tempo de mais aqui andamos  A fingir de razões suficientes.  Sejamos cães do cão: sabemos tudo  De morder os mais fracos, se mandamos,  E de lamber as mãos, se dependentes.  José Saramago, in "Os Poemas Possíveis"

Livro da semana: "Madrugada na tua alma"

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Madrugada na Tua Alma de  Gabriel Magalhães Edição/reimpressão:  2011 Páginas:  300 Editor:  Aletheia Sinopse Desempregado e divorciado, Miguel Ângelo, um sonhador de caótica biografia, parte à procura de um livro perdido que se diz consignar o segredo de Portugal, e que, afinal, daria sentido à sua vida. Viaja por Portugal e por Angola, visita alfarrabistas, solares e castelos, vivendo estranhas aventuras, enquanto outros personagens rivalizam com ele na busca do valioso livro português. Rita, uma mulher perigosa, e Madalena, a sua prima mais faladora, serão os seus principais auxiliares. Através de uma narrativa tecida de códigos e de mistérios, Madrugada na Tua Alma traça um amplo retrato do Portugal contemporâneo e propõe uma saída para o nosso labirinto nacional. Uma saída que passará pela alma do próprio leitor.

Poesia sim...

Praia Minha praia ardorosa e solitária  aberta ao grande vento e ao largo mar  tu me viste querer-lhe com a doce  piedade das sombras do luar  teus cabos se adiantam como braços  para abraçar as ninfas receosas  que fugindo oferecem sobre as vagas  suas nítidas formas amorosas  braços paralisados por desejo  que o mundo e sua lei não permitiu  ou suspendeu amor que livre jogo  maior que posse em fugaz tempo viu  e como vós me alongo e como tu  areia me ofereço a toda sorte  por sua liberdade ou por destino  que por só dela seja belo e forte.  Agostinho da Silva, in 'Poemas'