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A mostrar mensagens de março, 2013

Livro da semana: "O tempo dos amores perfeitos"

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O Tempo dos Amores Perfeitos de Tiago Rebelo Edição/reimpressão: 2012 Páginas: 620 Editor: Edições Asa     Sinopse Tiago Rebelo conta-nos as aventuras de um oficial português em Angola, nos finais do século XIX, nos conturbados anos que se seguiram ao Ultimatum britânico, uma época em que a coroa portuguesa se debate com extremas dificuldades militares no interior da colónia. Num universo de ficção e veracidade histórica acompanhamos a história de sobrevivência do jovem tenente Carlos Augusto de Noronha e Montanha, um antepassado do escritor, que é destacado para algumas das operações mais difíceis no interior de Angola, e o seu romance impossível com Leonor, a filha do governador, rebelde e determinada. Intensamente apaixonados vêem, no entanto, a sua relação amorosa comprometida por conflitos de interesses que opõem a família de Leonor ao tenente Montanha.   Críticas de imprensa «Sendo um romance passado no final do século XIX nas antigas colónias portuguesa

Dia Mundial do Teatro - 27 de março

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Poesia sim...

Morri pela Beleza Morri pela Beleza - mas mal me tinha Acomodado à Campa Quando Alguém que morreu pela Verdade, Da Casa do lado - Perguntou baixinho "Por que morreste?" "Pela Beleza", respondi - "E eu - pela Verdade - Ambas são iguais - E nós também, somos Irmãos", disse Ele - E assim, como parentes próximos, uma Noite - Falámos de uma Casa para outra - Até que o Musgo nos chegou aos lábios - E cobriu - os nossos nomes - Emily Dickinson, in "Poemas e Cartas" Tradução de Nuno Júdice

Livro da semana: "Amor sem tempo"

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Um Amor Sem Tempo de Carlos Machado Edição/reimpressão: 2010 Páginas: 264 Editor: Editorial Presença Coleção: Grandes Narrativas   Sinopse Plano Nacional de Leitura Livro recomendado para as Novas Oportunidades, como sugestão de leitura - Grau de Dificuldade II. Após seis anos de ausência, Eduardo regressa à aldeia onde nasceu para vender a propriedade da família, votada ao abandono desde a morte do avô. «Ia ficar pouco tempo», pensava encostado a uma árvore do carvalhal que bordejava a aldeia. Mas, subitamente, uma sucessão seca de tiros fez reverberar o ar sólido do estio e acabou com a paz daquele dia. Os famosos pombos-correio de Severino Sarmento, o homem mais poderoso da terra, tinham sido traiçoeiramente abatidos. E é, então, que se dá o reencontro de Eduardo com o seu passado e com todos aqueles que o marcaram de forma indelével. Sobretudo Mariana, a bela filha de Severino e seu grande amor. Carlos Machado, num romance apaixonante, conduz-nos através de um

Poesia sim...

A Mulher Mais Bonita do Mundo estás tão bonita hoje. quando digo que nasceram flores novas na terra do jardim, quero dizer que estás bonita. entro na casa, entro no quarto, abro o armário, abro uma gaveta, abro uma caixa onde está o teu fio de ouro. entre os dedos, seguro o teu fino fio de ouro, como se tocasse a pele do teu pescoço. há o céu, a casa, o quarto, e tu estás dentro de mim. estás tão bonita hoje. os teus cabelos, a testa, os olhos, o nariz, os lábios. estás dentro de algo que está dentro de todas as coisas, a minha voz nomeia-te para descrever a beleza. os teus cabelos, a testa, os olhos, o nariz, os lábios. de encontro ao silêncio, dentro do mundo, estás tão bonita é aquilo que quero dizer. José Luís Peixoto, in "A Casa, a Escuridão"

Livro da semana: "A dama das camélias"

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Um dos mais célebres romances do século XIX, A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas, o filho, publicado em 1848 com enorme sucesso, foi adaptado, no ano seguinte, para teatro pelo próprio autor, mas só representado em 1852. Conta-nos a história de amor da belíssima plebeia Margarida Gautier com um jovem da alta burguesia francesa, Armand Duval. Deixando o glamour de Paris, os dois amantes retiram-se para o campo, mas o pai de Armand procura impedir esta relação, implorando a Margarida que deixe o filho devido ao bom nome da família. Margarida, infeliz, aceita abandonar o seu amado, dizendo-lhe que está comprometida, mas enquanto tenta esquecê-lo, mergulhando de novo na vida cortesã, adoece gravemente com tuberculose. Quando Armand Duval descobre que a renúncia ao amor por parte de Margarida Gautier resulta da pressão do seu pai, é já muito tarde... A inspiradora deste romance foi a jovem cortesã Marie Duplessi (1824-1847) que Alexandre Dumas filho conheceu em Saint-Germain-en-

X Festa Internacional das Camélias

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Celorico de Basto prepara-se para receber a X edição da Festa Internacional das Camélias a realizar nos próximos dias 15, 16 e 17 de março.Organizado pela Qualidade de Basto, EM, com o apoio da Câmara Municipal de Celorico de Basto, este certame, que conta já com uma década de existência, tem como anfitriã a flor camélia, sendo já uma tradição celoricense. Do programa da festa fazem parte as atividades habituais, nomeadamente a exposição/concurso e mercado de camélias, os espantalhos floridos, os muros de camélias, a visita a jardins de camélias e o desfile infantil de camélias. Para assinalar os dez anos do evento, a organização avança com novas iniciativas, com destaque para os ateliers de camélias que visam incentivar a criação artística na pintura, escultura e culinária, tendo como base a flor camélia. Um espaço que se pretende dinâmico, interativo e capaz de dar azo à imaginação e criatividade dos participantes. Ainda nesta edição vão surgir Conversas de Camélias, t

Poesia sim...

brincávamos a cair nos braços um do outro brincávamos a cair nos braços um do outro, como faziam as actrizes nos filmes com o marlon brando, e depois suspirávamos e ríamos sem saber que habituávamos o coração à dor. queríamos o amor um pelo outro sem hesitações, como se a desgraça nos servisse bem e, a ver filmes, achávamos que o peito era todo em movimento e não sabíamos que a vida podia parar um dia. eu ainda te disse que me doíam os braços e que, mesmo sendo o rapaz, o cansaço chegava e instalava-se no meu poço de medo. tu rias e caías uma e outra vez à espera de acreditares apenas no que fosse mais imediato, quando os filmes acabavam, quando percebíamos que o mundo era feito de distância e tanto tempo vazio, tu ficavas muito feminina e abandonada e eu sofria mais ainda com isso. estavas tão diferente de mim como se já tivesses partido e eu fosse apenas um local esquecido sem significado maior no teu caminho. tu dizias que se morrêssemos juntos entraríamos juntos no paraíso e quer

Dia internacional da mulher

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Feliz Dia Internacional da Mulher Mulheres fracas, fortes. Não importa. Mulheres mostram que mesmo através da fragilidade. São fortes o bastante para erguerem sempre cabeça Sem desistir, pois sabemos que somos capazes de vencer. Temos a delicadeza das flores A força de ser mãe, O carinho de ser esposa, Reciprocidade de ser amiga, A paixão de ser amante, E o amor por ser mulher! Somos fêmeas guerreiras, vencedoras, Somos sempre o tema de um poema Distribuímos paixão, meiguice, força, carinho, amor. Somos um pouco de tudo Calmas, agitadas, lentas! Vaidosas, charmosas, turbulentas. Mulheres fortes e lutadoras. Mulheres conquistadoras Que amam e querem ser amadas Elegantes e repletas de inteligência Com paciência O mundo soube conquistar. Mulheres duras, fracas. Mulheres de todas raças Mulheres guerreiras Mulheres sem fronteiras Mulheres... mulheres... Rozilene P. de Souza

Livro da semana: "Três mulheres e meia"

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  Três Mulheres e Meia de Lourdes Fragoso de Lima Edição/reimpressão: 2011 Páginas: 267 Editor: Chiado Editora Coleção: Viagens na Ficção     Sinopse Este romance relata a história de vida de três mulheres A proveniência, a formação, o estatuto socioeconómico, e acima de tudo, a visão das pequenas e das grandes coisas que as rodeiam, constitui pontos totalmente diferentes, quase opostos. A vida encarregou-se de alimentar a relação entre as três, sustentada por uma forte amizade, fazendo com que as suas vidas se misturem, sistemática e definitivamente. Neste romance, alteram-se as convicções, muda-se a importância das coisas, dão-se gargalhadas, e ás vezes, bebem-se lágrimas. Abre-se mão de muitas coisas, enfrentam-se obstáculos aparentemente intransponíveis e saltam-se, em voo destemido, ao qual, só depois se chama coragem. Aceitam-se as diferenças, os opostos, e também a igualdade. Num trilho sinuoso feito de brasas que é preciso atravessar, são postos à p

Poesia sim...

Esta Gente Esta gente cujo rosto Às vezes luminoso E outras vezes tosco Ora me lembra escravos Ora me lembra reis Faz renascer meu gosto De luta e de combate Contra o abutre e a cobra O porco e o milhafre Pois a gente que tem O rosto desenhado Por paciência e fome É a gente em quem Um país ocupado Escreve o seu nome E em frente desta gente Ignorada e pisada Como a pedra do chão E mais do que a pedra Humilhada e calcada Meu canto se renova E recomeço a busca De um país liberto De uma vida limpa E de um tempo justo Sophia de Mello Breyner Andresen, in "Geografia"